Elemento transversal a todo o espaço subterrâneo do Pavilion, a cortiça foi seleccionada por ser um material que favorece a acústica do espaço e por apresentar características sensoriais distintivas, quer ao nível do tacto quer ao nível do olfacto, conforme comprovam os testemunhos de Herzog e de Meuron: “É suave e quente ao toque, tem um cheiro muito característico e é passível de ser moldada em diferentes geometrias”.
Na inauguração, António Rios de Amorim, Presidente da Corticeira Amorim, revelou-se “muito satisfeito com a projecção que a cortiça assume neste projecto icónico da arquitectura mundial, sendo expectável que desta utilização advenha um maior reconhecimento internacional para a cortiça, uma matéria-prima que nos esforçamos por valorizar diariamente.”
O Pavilion desenhado por Herzog & de Meuron e Ai Weiwei apresenta-se como um lounge de cortiça, de forma circular, com uma estrutura complexa multi-nivelar, na qual proliferam 108 peças de mobiliário de aglomerado expandido de cortiça, desenhado especificamente por Ai Weiwei e por Herzog e de Meuron para este efeito e esculpido manualmente por técnicos da Amorim Isolamentos, com a supervisão da equipa de arquitectos.
O Serpentine Pavilion 2012 foi já adquirido pelos reconhecidos coleccionadores internacionais Usha and Lakshmi N. Mittal e entrará, a partir de 14 de Outubro, para a sua colecção privada.